Se tiver tempo, assista a este vídeo introdutório.
Eu podia ser mais moderado, mas tem assunto que acho irresistível não tomar partido. Numa discussão recente, em que, entre outras coisas, defendia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, um contra-argumento antigo, meio disfarçado, apareceu:
“eu também acho que os homossexuais têm o direito de se casar, mas aí você também está impondo este ponto de vista pra quem é contra”.
Imposição? Até concordo. Mas há uma diferença importante…
Normalmente, o casamento igualitário é rejeitado com base em princípios religiosos. Correndo o risco de ser simplista (tudo bem, talvez o texto fique melhor nos comentários, com mais gente interagindo): vivemos num país laico, com liberdade de credo; algumas religiões por aqui aceitam a homossexualidade, outras toleram e outras condenam, ponto. Mas alguns grupos, mais exaltados, querem impor, por força de lei, seu ponto de vista, seu credo, para toda a população! Em outras palavras, “fodam-se as liberdades individuais, o casamento gay não é natural, não é aprovado pelo meu Deus”.
Isso é trágico. Eu não sou homossexual e mesmo assim me sinto indignado: existe uma parcela da população brasileira que, na visão de algumas pessoas, devem continuar a ser subcidadãos. Podem pagar seus impostos como todos, mas não devem ter direitos básicos – garantidos a qualquer heterossexual! – tal como casar, adotar filhos, colocar o parceiro ou parceira como dependente num plano de saúde, financiar uma casa comprovando renda em conjunto, etc.
Então, resumindo, a diferença está entre optarmos, como sociedade, por uma visão única, pasteurizada, restritiva, que ofende o modo de ser do indivíduo ou não. E você, o que pensa?
Para refletir:
“Se você não aprova o casamento gay, então não se case com um gay”. – Whoopi Goldberg, atriz norte-americana.
Mas tudo bem, para ser “justo” e “favorecer a discussão”, gostaria de apresentar este 10 motivos para não aprovar o casamento gay.
Uma trapizonga 